Quando um super não tem nada de herói!

Quem me conhece sabe que eu tenho um gosto bem eclético para filmes, mas que me torno meio machinho quando tem algum super herói passando. Eu conto os dias, tento assistir na estréia e depois fico tentando convencer todo mundo a assistir o determinado filme.

Quando vazou o vídeo que foi usado para que Deadpool fosse aprovado para ganhar uma adaptação que nos fizesse esquecer aquele fiasco que foi o personagem em Wolverine – origem; eu fiquei animada mas também bem desconfiada.

O filme chegou nas telonas brasileiras na última Quinta (11/02) mas desde o lançamento do trailer já sabia que ele seria um sucesso e viria para mexer com as estruturas de um mundo acostumado com o politicamente correto Capitão América e sua turma.

O super nem tão herói assim, tem classificação para maiores de 18 anos em diversos países e já teve sua exibição proibida em outros. Mas uma coisa que é notório é o sucesso que ele está fazendo ao redor do mundo.

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Em fui na primeira sessão do dia, lotada em pleno carnaval carioca. Para quem nunca veio por aqui nessa época, saiba que isso é um feito e tanto!

Com muito humor, Deadpool é um filme completo. Comédia, romance, drama, suspense e muita violência; ele para diversas vezes o próprio filme para conversar com os telespectadores. O mercenário tagarela abusa da zoeira e das referências para presentear até o mais o fã mais descrente de que a adaptação seria boa.

Ryan Reynolds é quem dá vida ao dono do traje vermelho, além de ser o produtor do filme. O ator se dedicou intensamente ao filme dede a participando ativa de toda a sua divulgação até a criação de peças para divulga-lo. Nesse caso, ter um ator que já acredita intensamente no filme ajuda – e muito – ao sucesso do mesmo. A zoeira é tanto, que ele zoa a si própria diversas vezes, passando até pelo fracassado Lanterna Verde. É épico que o ator entende o quanto o filme foi ruim de diversas formas! E ele não liga!

Na história, temos Wade Wilson (Reynolds) que depois de pedir a mulher de sua vida – a prostituta Vanessa – em casamento (Morena Baccarin – que está perfeita) descobre que está com câncer em diversos órgãos do corpo e tem apenas mais alguns dias de vida. Para tentar se curar, ele aceita fazer parte de um programa de mutação genética que promete cura-lo. Mas, como nada vem de graça, o processo faz com que toda a pele do corpo do então belo moço, se pareça com “um abacate que transou com outro abacate mais velho” (palavras ditas no filme). Ele explica tudo isso para que a gente entenda o porquê dele querer matar Francis (Ed Skrein), já que foi ele quem o deixou da maneira na qual ele está.

Com cenas de nus frontais – não do Ryan -, zoações com outros atores; Deadpool se apresenta como a história de ‘nascimento’, por assim dizer, do mercenário. Colossus e Negasonic Teenage Warhead, a dupla X-Men que  tenta recrutar o tagarela para “aquele lugar liderado por aquele Careca, que mais parece um culto” e ajuda na épica ‘batalha final’ com direito a mais tiradas ácidas e dignas de risadas do cinema inteiro. Já dá pra notar que filme vai totalmente contra o politicamente correto que vemos e estamos acostumados nos demais filmes de super heróis.

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A trama corre rápida, com diálogos bem escritos e com personagens bem construídos. O que vemos é um filme que foi bem desejado e muito bem criado. Se, nos quadrinhos, Wade Wilson ficou conhecido pela quebra da quarta parede (que é quando o personagem conversa diretamente com o leitor/espectador. ), nos cinemas ele põe umas 16 paredes no chão! O que temos é uma espécie de Guardiões da Galáxia (filme que renovou o humor presente em filmes de supe-heróis) para adultos. Assiste o filme sem medo e se renda ao canto da sereia do Tagarela.

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Obs.:
O filme conta com duas cenas pós créditos. A primeira é mais uma referência, dessa vez ao filme clássico da sessão da tarde. A segunda é uma esperança a respeito da continuação do filme, que mesmo não recebendo sinal verde, já tem atores demonstrando interesse em participar.

Assinatura Bianca Senna

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